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Foto do Museu de Istambul que encontrei aqui |
Alguns arqueólogos
se especializam em ossos de animais. Estes nos informam que os cavalos em
Bizâncio começavam a trabalhar com cargas pesadas com dois anos de idade. O
freio usado pelos bizantinos em seus cavalos era peculiar: sua mordedura desgastava
o céu da boca dos animais até o osso e terminava abrindo um buraco que ligava a
boca à cavidade nasal. A pressão exercida a partir daí se transmitia por toda a
estrutura óssea dos cavalos, que costumavam morrer antes dos dez anos com
problemas nas patas, joelhos, pernas e colunas. Incapacitados os cavalos eram
abatidos e suas carcaças eram atiradas no fundo do cais do porto, ali onde
começa a Europa, depois que se retirassem delas as crinas, os rabos, a pele e a
carne. Os bizantinos, ao contrário dos romanos, apreciavam a carne do cavalo,
assim como de burros e de ursos amestrados. Os ursos se apresentavam ao lado de
elefantes no circo do hipódromo e seus crânios revelam marcas de fraturas na
infância, frutos do processo de adestramento. Ao contrário dos ursos, burros e
cavalos, os restos dos elefantes encontrados não têm marcas do trabalho dos
açougueiros. Especula-se que, ao aposentar-se, os elefantes alimentavam os
leões do circo.
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