Minhas notas sobre a palestra de Lewis Gordon •A voz é a marca da visibilidade. Porque só tem voz quem é escutado por alguém. Ter voz é ter poder, porque o poder é a capacidade de fazer as coisas acontecerem. E ser escutado é um acontecimento importante. •São inúmeros os exemplos de escritoras mulheres que centram suas atenções na questão de ter voz e serem ouvidas. •Entretanto, o verdadeiro jogo do poder é jogado por aqueles que têm a prerrogativa de ouvir ou ignorar as vozes que circulam em volta deles. Dois gestos de poder são para mim complementares: conceder a voz a alguém [oferecendo a possibilidade de assimilação a esse alguém] ou ignorar a voz de alguém [exercendo o fechamento epistemológico contra esse alguém]. •O fechamento epistemológico é nomear o outro como o desumano monstruoso, ou o primitivo que já passou seu prazo de validade [aquilo que pertence ao passado morto], ou o mudo que não consegue articular lé com cré. •É assim que nos educamos e instruímos ...
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.