Assisti ontem a uma palestra interessante em que os métodos “científicos” de pesquisas e campanhas eleitorais foram impiedosamente criticados como charlatanice pura. Donald Green, que deu a palestra, escreveu com Alan Gerber um livro sobre o assunto chamado Get Out the Vote - a ênfase num país em que o voto não é obrigatório é compreensivelmente fazer o máximo número de pessoas que apoiam seu candidato a sairem de casa e irem votar [ou votar pelo correio, coisa mais ou menos comum por aqui]. A eficiência de coisas como chamadas telefônicas eletrônicas, correio, e-mails, propagandas na TV é posta em dúvida por Greer. Quando comparados a grupos de controle os resultados são quase que invariavelmente pífios e os marqueteiros revelam-se como enganadores que fingem eficiência para vender seu peixe. O que Greer cita como fator capaz de mudar as coisas? Um acompanhamento próximo com mais de uma visita pessoal ao provável eleitor [uma coisa cara e difícil de fazer com profissionais] e a pressão exercida pelos vizinhos e conhecidos – o que se chama em inglês de “peer pressure”.
1. O crescimento dos protestantes no Brasil é realmente impressionante, saindo de uma pequena minoria para quase um quarto da população em 30 anos: 1980: 6,6% 1991: 9% 2000: 15,4%, 26,2 milhões 2010: 22,2%, 42,3 milhões Há mais evangélicos no Brasil do que nos Estados Unidos: são 22,37 milhões da população e mais ou menos a metade desses pertencem à mesma igreja. Você sabe qual é? 2. Costuma-se, por ignorância ou má vontade, a dar um destaque exagerado a Igreja Universal do Reino de Deus e ao seu líder, Edir Macedo. A IURD nunca representou mais que 15% dos evangélicos e menos de 10% dos protestantes como um todo. Além disso, a IURD diminuiu seu número de fiéis nos últimos 10 anos de acordo com o censo do IBGE, ao contrário de outras denominações, que já eram bem maiores. 3. Os jornalistas dos jornalões, acostumados com a rígida hierarquia inst...
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