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Clássicos da MPB

Chega de Boa Esperança, Minas Gerais, uma carta apaixonada de Nair Pimenta de Oliveira, pedindo fortografias para um álbum de recordações. Lamartine Babo se corresponde com a fã apaixonada por um ano, até que esta interrompe as cartas porque ia se casar. Tempos depois Lamartine é convidado para ir à Boa Esperança e quer conhecer a fã apaixonada. Mas não existia nenhuma Nair na cidade – quem lhe escrevia era o próprio homem que o convidara, um dentista colecionador de fotos de celebridades. Lamartine compôs então uma de suas mais belas canções, "Serra da Boa Esperança", interpretada em 1937 por Francisco Alves.

Serra da Boa Esperança
Serra da Boa Esperança, esperança que encerra
No coração do Brasil um punhado de terra
No coração de quem vai, no coração de quem vem
Serra da Boa Esperança meu último bem
Parto levando saudades, saudades deixando
Murchas caídas na serra lá perto de Deus
Oh minha serra eis a hora do adeus vou me embora
Deixo a luz do olhar no teu luar
Adeus
Levo na minha cantiga a imagem da serra
Sei que Jesus não castiga o poeta que erra
Nós os poetas erramos, porque rimamos também
Os nossos olhos nos olhos de alguém que não vem
Serra da Boa Esperança não tenhas receio
Hei de guardar tua imagem com a graça de Deus
Oh minha serra eis a hora do adeus vou me embora
Deixo a luz do olhar no teu luar
Adeus

Comments

Anonymous said…
A tal Nadir existe e em 1997 ainda estava viva (pode ser que ainda esteja). Quando eu trabalhava no canal 15, fizemos uma matéria sobre ela.
Nadir era sobrinha do tal dentista. Ele escrevia as cartas com o nome dela. Quando Lamartine chegou à cidade e descobriu que Nadir tinha apenas 9 anos ficou decepcionado, subiu numa montanha de onde podia enxergar toda a cidade e começou a compor a musica.
Foi isso que a Nadir contou.
Acho que a historia ficou ate melhor agora! Vc conhece a musica? Acho a cançao maravilhosa - tenho uma versao do Francisco Alves de arrepiar.
Anonymous said…
Só ouvi a música quando fizemos a matéria. Também achei muito bonita.

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