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Diario de Tenochtitlán 3 - Lomas de Santa Fé


Uma diferença fundamental entre a Cidade do México e as outras metrópolis latino-americanas é que aqui há uma forte tradição de resistência à especulação imobiliária nos bairros mais antigos da cidade. Essa resistência vinha tanto do estado com seu aparato de políticas urbanas como da população dos bairros de classe média que protestavam e não permitiam que se construíssem arranha-céus em seus bairros.
Lomas de Santa Fé era primeiro um imenso buraco - daqui se tirava areia para construir a cidade. Depois começaram a encher o buraco com lixo - aqui estava o lixão da cidade com sua conhecida população de miseráveis. Até que governo e iniciativa privada decidiram transformar Lomas de Santa Fé no bairro "moderno" da cidade, onde os prédios de escritórios podiam ser gigantescos como os da Avenida Paulista ou do Centro do Rio.

Comments

A Travessia said…
Onde "estava o lixão" quer dizer que fica aí debaixo dos prédios? Queria saber de que época era, pq se fosse um lixão da segunda metade do séc xx seguro terá bastante química tóxica.
O lixão começou nos anos 60 e foi fechado no meio dos anos 80. Essa foto do blogue mostra só uma parte bem pequena de Santa Fé. São dezenas de aranha-céus. O plano urbano de Santa Fé é produto da fase neo-liberal do PRI com Salinas de Gortari e assim a infraestrutura foi feita por grandes empresas que assim "pagavam" pelos terrenos desapropriados pelo governo. Foi no início dos anos 90 que os primeiras grandes construções começaram a aparecer, mas com a crise financeira as coisas se desaceleraram. Por isso a maior parte dos edifícios é deste século.

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