Esse filme de Vittorio de Sica foi violentamente rejeitado na Itália na época em que foi lançado. Era 1952 e as misérias da Itália ninguém mais queria ver. O final do filme está aqui. De Sica disse que ainda que tenha comido o pão que o diabo amassou com o fracasso do filme, não o mudaria em nada, exceto as crianças que aparecem no final. Uma interpretação tocante de um professor aposentado que foi abordado no meio da rua e convidado a fazer o filme. Carlo Battisti pediu para passar em casa antes de ir se encontrar com De Sica e, de tão nervoso, colocou duas gravatas. Assim ganhou o papel.
Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e...
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Bem mais interessante! Adorei a presença de espírito.