O assunto é a história de associações beneficentes de auxílio mútuo das comunidades de prostitutas e cafetinas judias [as chamadas "Polacas"] no Rio de Janeiro e em São Paulo. Tráfico humano, uma namorada de Moreira da Silva, a origem hebraica da palavra "sacanagem", lutas pelo poder dentro da associação, a luta para a compra de terrenos para oferecer um cemitério judaico digno aos "impuros" e outras histórias fascinantes. A autora tem um blogue sobre o livro com fotos incríveis - e ela tem ainda outro livro de história, fundamental para entender o período dos anos de chumbo, Cães de Guarda.
Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e...
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