O assunto é a história de associações beneficentes de auxílio mútuo das comunidades de prostitutas e cafetinas judias [as chamadas "Polacas"] no Rio de Janeiro e em São Paulo. Tráfico humano, uma namorada de Moreira da Silva, a origem hebraica da palavra "sacanagem", lutas pelo poder dentro da associação, a luta para a compra de terrenos para oferecer um cemitério judaico digno aos "impuros" e outras histórias fascinantes. A autora tem um blogue sobre o livro com fotos incríveis - e ela tem ainda outro livro de história, fundamental para entender o período dos anos de chumbo, Cães de Guarda.
Todas as cartas de amor são Ridículas. Álvaro Campos O Tietê é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia, mas o Tietê não é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia porque não corre minha aldeia. Poucos sabem para onde vai e donde vem o ribeirão da minha aldeia,
que pertence a menos gente
mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia
foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.
Comments