II – Enquanto Gustavo Barroso – futuro fascista, anti-semita, acadêmico – frequentava a já decadente Colombo com suas polainas e luvas, a roda de Lima Barreto se reunia no Café Jeremias ou na Americana e depois no Café Papagaio. Única regra do grupo: proibido conversar de literatura. “E bebíamos café, só café, pois as finanças não permitiam o luxo da cerveja ou do uísque.” [Vida literária no Brasil, 35]. Ali o grupo criaria a Revista Floreal em 1907 [disponível na Brasiliana da USP].
Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e...
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