Leyla Perrone-Moyses disfarça mas acaba tentando definir literatura na Folha de São Paulo no último Domingo:
"... textos escritos numa linguagem particular, que interrogam e desvendam o homem e o mundo de maneira aprofundada, complexa, surpreendente."
Bom, o diabo mora mesmo é nos adjetivos. Resta saber - para começar - o que significa exatamente "particular". Depois vamos a "aprofundado", "complexo" e "surpreendente"...
Se a literatura morreu ou está morrendo, deve ser uma daquelas intermináveis mortes de melodrama, quando o personagem do pai honesto mas pobre fazia um longo monólogo no leito de morte enquanto a mocinha segurava a sua mão e sutentava sua cabeça.
A melhor parte da "Ilustríssima" (que devia chamar-se mesmo "Caderno Magérrimo") foi o (particular, aprofundado, complexo e surpreendente?) poema de Ana Martins Marques, "O relógio". Não fosse essa última página, eu diria que quem está a beira de bater as botas são os cadernos culturais dos jornais de Pindorama...
"... textos escritos numa linguagem particular, que interrogam e desvendam o homem e o mundo de maneira aprofundada, complexa, surpreendente."
Bom, o diabo mora mesmo é nos adjetivos. Resta saber - para começar - o que significa exatamente "particular". Depois vamos a "aprofundado", "complexo" e "surpreendente"...
Se a literatura morreu ou está morrendo, deve ser uma daquelas intermináveis mortes de melodrama, quando o personagem do pai honesto mas pobre fazia um longo monólogo no leito de morte enquanto a mocinha segurava a sua mão e sutentava sua cabeça.
A melhor parte da "Ilustríssima" (que devia chamar-se mesmo "Caderno Magérrimo") foi o (particular, aprofundado, complexo e surpreendente?) poema de Ana Martins Marques, "O relógio". Não fosse essa última página, eu diria que quem está a beira de bater as botas são os cadernos culturais dos jornais de Pindorama...
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