1. Em minhas incansáveis [bom, na verdade estou exausto] andanças pelo centro de Curitiba, trombei com uma exposição excelente de Debret no Centro Cultural da Caixa Econômica. Uma gentil funcionária da caixa me deu um catálogo da mostra quando eu tentei tirar fotos desses e outros tropeiros [ou eu ando dando muita sorte ou as pessoas em Curitibas são de uma gentileza impressionante].
2. Nunca vi uma fila tão grande numa caixa de supermercado. Ia comprar umas maçãs e depois de uns quinze minutos, longe ainda de ser atendido, acabei desistindo.
3. Fui tomar um café no mercado: limpo, cheiroso e arrumado. Descobri um tal "café mineiro" com doce de leite que me deu idéia da nossa fama de comedores ou fabricantes de bom doce de leite, mas preferi o café normal mesmo. Esqueci meu casaco por lá - prova de que o terrível frio curitibano ainda não deu as caras. Mas sinceramente quem vive onde eu vivo não pode ter medo de frio no Brasil...
4. Descobri que não consigo entender uma coisa sobre essa pronúncia de erre "americano": por que é que algumas pessoas falam assim e outras não numa mesma cidade? Já entendi que é só nos erres antes de consoantes: porta leva, mas carro, não. Carta leva mas cara não. Quando eu vou falar [adoro aprender a falar em outros sotaques], me enrolo todo e acabo enviando o tal erre onde não devo. De qualquer maneira ainda falta entender esse cantar que me parece estar num interessante meio do caminho entre o paulista e o gaúcho.
Comments
quanto ao erre, acho que não faz parte do sotaque principal da cidade. precisa levar em conta que muita gente vem do interior, que tem sotaque mais proximo do interior de são paulo.
Essa transferência da experiência pessoal para o juízo sobre a cidade/estado/país/instituição é muito complicada. Eu devo ter interagido com no máximo 50 curitibanos... mas digamos que no mínimo dei sorte!