Em dez anos mais de dois mil civis contratados - muitos deles estrangeiros contratados de forma ilegal em países de terceiro-mundo por empresas de recursos humanos que prometem empregos em lugares como Dubai e mandam os caras para a guerra lavar pratos, cortar cabelo ou fazer batata frita para os soldados - morreram e mais 51 mil ficaram feridos em bases americanas no Iraque e Afeganistão. Pela primeira vez, as perdas de funcionários de empresas privadas se equiparam com as de tropas americanas nas duas zonas de guerra, chegando a 53% das vítimas do lado americano nos primeiros seis meses de 2010.
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O nome dessa gente na burocracia da guerra é TCNs [Third-Country Nationals]. Um exemplo de TCN, para dar stofo ao esqueleto das estatísticas: Constantine Rodrigues, homem de 38 anos deixa mulher grávida em Goa atrás de um emprego que paga $450 por mês no Pizza Hut num acampamento americano no Iraque. Depois da explosão de um foguete que matou dois dos seus colegas de trabalho, TCNs de Bangladesh, Constantine vai voltar para Goa para encontrar seu filho de sete meses e sua esposa sem um olho e uma perna.
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