Só lhe restava jogar-se pelo mundo,
como negro fugido.
Podia continuar a viver num cemitério?
Nada o prendia àquela terra dura,
acharia um lugar menos seco para enterrar-se.
Trabalhava demais para não perder o sono.
Mas achava-se desamparada e miúda na solidão,
necessitava um apoio,
alguém que lhe desse coragem.
Falou no passado, confundiu-o com o futuro.
Não poderiam voltar a ser o que já tinham sido?
Não seria bom tornar a viver como tinham vivido, muito longe?
Então eles eram bois para morrer tristes por falta de espinhos?
Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada,
ficariam presos nela.
E o sertão continuaria a mandar gente para lá.
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