Sentença da censura sobre o livro Feliz ano novo”:
"em quase sua totalidade, personagens portadores de complexos, vícios e taras, com o objetivo de enfocar a face obscura da sociedade na prática da delinquência, suborno, latrocínio e homicídio, sem qualquer referência a sanção, utilizando linguagem bastante popular e onde a pornografia foi largamente empregada, com rápidas alusões desmerecedoras aos responsáveis pelos destinos do Brasil e ao trabalho censório".
Declaração do senador Dinarte Mariz da ARENA-RN aos jornalistas após reunião com o ministro da justiça da época, Armando Falcão:
“Suspender o livro ‘Feliz ano novo’ foi pouco. Quem escreveu aquilo deveria estar na cadeia e quem lhe deu guarida também. Não consegui ler nem uma página. Bastaram meia dúzia de palavras. É uma coisa tão baixa que o público nem devia tomar conhecimento.”
Perguntado se um futuro livro de memórias que prometia escrever poderia ser censurado, Dinarte Mariz não se fez de rogado:
"Meu dever é policiar a mim mesmo. Além do mais, meu livro não terá nenhum palavrão."
Folha de S. Paulo, 7.1.77.
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