No
mundo cor-de-rosa todos os escritores fazem livros para salvar o mundo da
maldade, pregar a liberdade e a felicidade geral da nação e trazer paz e amor
ao mundo. No mundo real muita coisa muito excelente já foi escrita em cima de coisas
nada cor-de-rosas, como por exemplo, medo e ódio, mesclados nesse estado de
fabulação compulsiva comumente diagnosticado como paranóia. Vejam o caso da
escritora Elena Garro, que numa entrevista disse o seguinte do seu ex-marido:
"Yo
vivo contra él, estudié contra él, hablé contra él, tuve amantes contra él,
escribí contra él y defendí a los indios contra él. Escribí de política contra
él, en fin, todo, todo, todo lo que soy es contra él. Mira, Gabriela, en la
vida no tienes más que un enemigo y con eso basta. Y mi enemigo es Paz."
Elena
Garro aqui. [http://www.jornada.unam.mx/2006/09/17/sem-elena.html]
Dá
até para traduzir o trem como um belo poema de escárnio. Olha só:
Garro contra Paz
“Vivo
contra ele,
Estudei
contra ele,
Falei
contra ele,
Tive
amantes contra ele,
Escrevi
contra ele
E
defendi os índios contra ele.
Olha,
Gabriela,
Na
vida não temos
mais
que um inimigo,
e
já basta.
O
meu inimigo é Paz.”
Elena Garro quando casada com o seu inimigo |
Comments
(tata)
(tata)