Texto interessante de Angelo Segrillo foi publicado no blogue do Prosa e Verso do jornal O Globo sobre concursos para professor no Brasil. Logo no começo um trecho com o qual eu não posso concordar de jeito nenhum: “ Nós, os professores universitários, os intelectuais, somos uma espécie de ‘grilo falante’ da sociedade, a consciência que pensa criticamente e aponta erros e caminhos.” Aí tem tanta coisa errada que sinceramente não tenho ânimo de comentar muito. Só observo duas coisas: há uma diferença enorme entre pensar criticamente e se enxergar como a consciência moral de uma sociedade. O dever do sujeito devia ser olhar criticamente para si mesmo antes de qualquer coisa, sem ficar apontando o dedo para a “sociedade” como se ela fosse um monolito do qual ele ou ela não faz parte. Sempre descamba para um elitismo terrível essa imagem da sociedade como um corpo provido de consciência, sistema nervoso central, músculos, etc. Nós somos parte da so...
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.