Era uma vez uma ilha chamada Negros, uma terra extraordinariamente fértil onde se planta coco e cana de açúcar que adoçam a boca de muita gente. Há famílias que trabalham em Negros há mais de 100 anos, mas não têm sequer um lote de terra e vivem na mais completa miséria, ganhando menos de 10 cruzeiros por dia de trabalho.
Os parentes dos donos das fazendas de cana são juízes, delegados, deputados, prefeitos, governadores, ministros, secretários, advogados e médicos. Se alguém das famílias dos camponeses requer a posse do pedaço de terra onde vive, faz um discurso, organiza uma peça de teatro, lê um livro, escreve uma carta, veste uma camisa vermelha ou grita alguma palavra de ordem contra os donos da ilha, ele desaparece. Se alguém de fora chega com uma ordem de medir lotes ou investigar uma situação de escravização, ele é expulso por um bando de sujeitos armados até os dentes. Se o forasteiro insiste, acaba morto numa vala da estrada.
Especialistas na Capital do país não conseguem explicar a persistência de um movimento guerrilheiro chamado Exército do Povo na Ilha Negros.
Os parentes dos donos das fazendas de cana são juízes, delegados, deputados, prefeitos, governadores, ministros, secretários, advogados e médicos. Se alguém das famílias dos camponeses requer a posse do pedaço de terra onde vive, faz um discurso, organiza uma peça de teatro, lê um livro, escreve uma carta, veste uma camisa vermelha ou grita alguma palavra de ordem contra os donos da ilha, ele desaparece. Se alguém de fora chega com uma ordem de medir lotes ou investigar uma situação de escravização, ele é expulso por um bando de sujeitos armados até os dentes. Se o forasteiro insiste, acaba morto numa vala da estrada.
Especialistas na Capital do país não conseguem explicar a persistência de um movimento guerrilheiro chamado Exército do Povo na Ilha Negros.
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