Tire das universidade dos Estados Unidos o direito de usar os verbos "celebrar" e "promover" nos seus documentos oficiais e o silêncio será ensurdecedor. O otimismo chapa-branquista é tão hegemônico em qualquer panfletinho que saia da universidade que eu às vezes tenho a impressão de estar lendo uma espécie de Pravda do capitalismo neo-liberal do século XXI. E tome "celebrar" e "promover" a diversidade, mesmo quando certas fraternidades parecem uma espécie de KKK light desfilando candidamente sua brancura baunilha pelos gramados bem aparados do campus. E vamos "celebrar" e "promover" a igualdade de gênero, enquanto os alunos falam abertamente sobre a agressividade de certas outras fraternidades em dopar e estuprar alunas. Um ou outro apelo ao tal pensamento crítico em algum desses documentos não esconde a dura verdade: não há o menor rastro de pensamento crítico nesses "press-releases", sempre muito profissionais e coloridos mesmo quando parece que está tudo desabando lá fora. E o astral Oprah desses documentos não é apenas hegemônico nos documentos oficiais: ele vai infiltrando cada vez os documentos produzidos por todas as unidades da universidade, mesmo os documentos internos.
PS. Esse fica só aqui no blogue e em português, bem escondidinho. Às moscas...
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