Aqui está um traço da mancha da espuma da baba do verso raivoso, escrito no meu travesseiro, num pesadelo: o som abafado do osso esmagado por entre os ferros da porta do carro que arde no fogo; esvai-se o corpo em fumaça e em um punhado de cinza que o vento carrega do chão e a chuva retorna fundida na lama que o sol do meu sonho resseca num pó preto, amargo e fino, que irrita a garganta e desce ao pulmão. Como é que vem cá, no meio do sonho, e amarra a sua égua o velho cansado que espera o futuro aqui dentro, no centro no meio de mim?
3 dias dormindo depois das 4 da manhã e levando no máximo às 9 e meia, resolvi reescrever esse pequeno poema, agora em prosa. Antes ele era assim:
Cansado
Aqui está um traço
da mancha da espuma
da baba do verso
raivoso , escrito
no meu travesseiro,
num pesadelo:
o som abafado
do osso esmagado
por entre os ferros
da porta do carro
que arde no fogo;
esvai-se o corpo
em fumaça e em um punhado
de cinza que o vento
carrega do chão
e a chuva retorna
fundida na lama
que o sol do meu sonho
resseca num pó
preto, amargo e fino,
que irrita a garganta
e desce ao pulmão.
Como é que vem cá,
no meio do sonho,
e amarra a sua égua
o velho cansado
que espera o futuro
aqui dentro,
no centro
no meio
de mim?
3 dias dormindo depois das 4 da manhã e levando no máximo às 9 e meia, resolvi reescrever esse pequeno poema, agora em prosa. Antes ele era assim:
Cansado
Aqui está um traço
da mancha da espuma
da baba do verso
raivoso , escrito
no meu travesseiro,
num pesadelo:
o som abafado
do osso esmagado
por entre os ferros
da porta do carro
que arde no fogo;
esvai-se o corpo
em fumaça e em um punhado
de cinza que o vento
carrega do chão
e a chuva retorna
fundida na lama
que o sol do meu sonho
resseca num pó
preto, amargo e fino,
que irrita a garganta
e desce ao pulmão.
Como é que vem cá,
no meio do sonho,
e amarra a sua égua
o velho cansado
que espera o futuro
aqui dentro,
no centro
no meio
de mim?
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