A gringolândia está derretendo! São mais ou menos 500.000 empregos que viram fumaça por mês desde novembro do ano passado. Isso mesmo: mais de 2 milhões de desempregados em menos de quatro meses, numa espécie de inversão macabra daquela dança de números da campanha eleitoral brasileira "criarei 100 milhões de empregos em 2 anos!" "Eu farei mais: criarei 122 milhões de empregos em um ano e meio" Ah, é? Pois eu criarei 333 milhões de empregos em 3 meses" etc.
Desde que um risonho ator de segunda categoria virou presidente até o filhinho-de-papai
de Yale disfarçado de cowboy sair a um par de meses, esse país inteiro viveu uma fantasia capitalista impossível: viver de consumir, apenas. Termos como "economia pós-industrial" ou "economia de serviços" não passam de eufemismos - e instrutivos exemplos de como os eufemismos podem ser perigosos - para uma economia que só cresce na medida em que o consumo do que você não precisa com o dinheiro que você também cresce. A China produz [o outro paraíso dos capitalistas: trabalhadores esfomeados sem sindicatos nem leis trabalhistas], parte do lucro resultante vai para o bolso de Wall Street [onde até pouco um apt de 2 quartos de 1 milhão de dólares era a coisa mais comum] e os desempregados e subempregados
americanos resultantes desse processo pedem empréstimos ao banco para continuar consumindo e depois pedem empréstimos para pagar os empréstimos e ter crédito para pedir mais empréstimos e assim sucessivamente até que... BUM!!!
Como esses empréstimos foram contraídos tendo como garantia casas, chamam isso de "housing bubble", mas não passa de mais um eufemismo, daqueles que parecem ser a grande especialidade dos economistas... não há literatura mais fantasiosa e poderosamente mortal do que as colunas de jornal que os cardeais do neo-liberalismo ainda têm. Seria cômico se não produzisse a miséria que produz...
Desde que um risonho ator de segunda categoria virou presidente até o filhinho-de-papai
de Yale disfarçado de cowboy sair a um par de meses, esse país inteiro viveu uma fantasia capitalista impossível: viver de consumir, apenas. Termos como "economia pós-industrial" ou "economia de serviços" não passam de eufemismos - e instrutivos exemplos de como os eufemismos podem ser perigosos - para uma economia que só cresce na medida em que o consumo do que você não precisa com o dinheiro que você também cresce. A China produz [o outro paraíso dos capitalistas: trabalhadores esfomeados sem sindicatos nem leis trabalhistas], parte do lucro resultante vai para o bolso de Wall Street [onde até pouco um apt de 2 quartos de 1 milhão de dólares era a coisa mais comum] e os desempregados e subempregados
americanos resultantes desse processo pedem empréstimos ao banco para continuar consumindo e depois pedem empréstimos para pagar os empréstimos e ter crédito para pedir mais empréstimos e assim sucessivamente até que... BUM!!!
Como esses empréstimos foram contraídos tendo como garantia casas, chamam isso de "housing bubble", mas não passa de mais um eufemismo, daqueles que parecem ser a grande especialidade dos economistas... não há literatura mais fantasiosa e poderosamente mortal do que as colunas de jornal que os cardeais do neo-liberalismo ainda têm. Seria cômico se não produzisse a miséria que produz...
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