fonte:http://farm3.static.flickr.com/2213/1820414622_2108f2040b.jpg Reparem na dança de tempos verbais do primeiro parágrafo de “D. Paula” de Machado de Assis: “Não era possível chegar mais a ponto. D. Paula entrou na sala exatamente quando a sobrinha enxugava os olhos cansados de chorar. Compreende-se o assombro da tia. Entender-se-á também o da sobrinha, em se sabendo que D. Paula vive no alto da Tijuca, donde raras vezes desce; a última foi pelo Natal passado, e estamos em maio de 1882. Desceu ontem, à tarde, e foi para casa da irmã, Rua do Lavradio. Hoje, tão depressa almoçou, vestiu-se e correu a visitar a sobrinha. A primeira escrava que a viu, quis ir avisar a senhora, mas D. Paula ordenou-lhe que não, e foi pé ante pé, muito devagar, para impedir o rumor das saias, abriu a porta da sala de visitas, e entrou.” Passado nas duas primeiras sentenças, presente na segunda, futuro e presente de novo. “Estamos” em maio de 1882 [a história é publicada em 1884] e quando D. Paula veio v...