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Poesia Mexicana - Carlos Pellicer 2

Fonte: La Jornada. Carlos Pellicer en Zinancantepec, 1969 Foto: Raúl Anguiano

Segunda parte do poema de Pellicer

SEGUNDA VEZ
Lo que me importa el mundo
desde de la sombra eléctrica de un aeroplano.
- Soy un poco de sol desnudo
Libre de los pies y de las manos.
Estoy, solamente,
Estoy, nada más.
El cielo en mi frente
Cambiandome el mar.
El motor que perfora el aire espeso
Algo tiene de bólido y de toro.
Pasamos muy cerca del queso
de la luna matinal, leche y oro.
Bajo las alas tensas, plásticas,
La naturaleza es un proyecto acceptable,
Las mujeres nunca han sido románticas
Y la patria es continentizable.
El mundo es una pobre cosa
Llena de gustos yanquis y consideraciones.
Mas desde el aeroplano se medita en la Gloria
De unir banderas y cantar canciones.
Se ve hasta el Polo Sur.
(Naturalmente, con los anteojos de mis ojos.)
en el idioma quedan lo rápido y lo azul
dominando un mapa incoloro.
Abajo están las viudas y los juristas,
La Emulsión Scott y los grandes deudores.
(Por un momento el alma se contrista
como un poco de viento sobre un campo sin flores.)
se raja la hélice mil veces por minuto.
Una nube pasó sin volar.
Abajo, en el fondo del mundo
La tinta del poema se ha empezado a borrar.

Comments

que lindo.
às vezes sinto falta de versos mais longos e idéias mais fundas na poesia brasileira. as derivações empobrecidas do modernismo me cansam às vezes.
Carlos Pellicer eh um poeta sensacional, um poeta que eu custei um pouco a gostar talvez por ser menos reconhecivel para nos brasileiros, dentro desse enquadramento modernista tradicional entre nos.

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