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Vendedores

Uma vez, há séculos atrás, traduzi um texto de administração de empresas que falava sobre o perfil ideal do vendedor. O bom vendedor precisava de uma grande dose de empatia e de simpatia: ela tinha que ser capaz de entender o ponto de vista do cliente e de transmitir essa sua compreensão ao cliente, que se sentiria assim compreendido e respeitado. Mas esses dois componentes não bastavam. O bom vendedor precisava de um complemento indispensável: o "killing instinct", o instinto assassino que faz com que o ele complete uma venda mesmo quando sua empatia o faça compreender que o que ele está vendendo não é o que o cliente quer ou pode comprar.
Minha experiência com vendedores nos Estados Unidos e no Brasil, principalmente quando de se trata de compras grandes e complexas [casa e carro, por exemplo] tem sido marcada por esse tal "killing instinct" cada vez mais exacerbado, mais irresponsável, mais agressivo.
Esse vídeo que investigadores mostraram no inquérito do congresso americano sobre as políticas fraudulentas das universidades "for-profit" na captação de alunos e de empréstimos governamentais são, para mim, tristemente familiares...

Comments

Iembra também aIgunz evangéIicoz tentando convencer oz outroz atacando pontoz phracoz: você não eztá onde deveria eztar, você é phracazzado, etc.
Qdo fomos comprar um carro aqui procuramos uma concessionária autorizada para tentar evitar o assédio e as trapaças mas não adiantou nada. O cara tinha exatamente a mesma atitude: Vcs querem ou não querem pagar o carro? Mas qto vamos pagar no total? Isso não importa. E por aí vai...
A coisa mais assustadora que vi por aqui foi uma história de pessoas que compram geladeira a prazo, pra revender imediatamente como usado e usar o dinheiro como "empréstimo". Por trezentos reais, assumem 12 prestações somando mais do dobro do valor.

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