Todas as cartas de amor são Ridículas. Álvaro Campos O Tietê é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia, mas o Tietê não é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia porque não corre minha aldeia. Poucos sabem para onde vai e donde vem o ribeirão da minha aldeia,
que pertence a menos gente
mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia
foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.
Comments
algumas reportagens avulsas são boas. mas o conjunto me irrita.
aqui em casa a gente chama a revista de "dasler".
(como a "casa do saber", que a gente chama de daslusp)
A parte assumidamente engraçada é legal - publicam boas charges, etc.
Meu incômodo é com a linha editorial, que insiste em achar a "gracinha", o "lado pitoresco" para ser "apolítico"... mas isso não é possível, né? Concordo com algo que você mencionou há um tempo... é melhor que os jornais declarem sua posição e pronto. Imparcialidade fingida é o pior.