"Meu Vizinho, Totoro" é um desenho animado simplesmente maravilhoso, com o cuidado minucioso no desenho e grande poder de observação do universo infantil de Miyazaki, o grande mestre japonês do desenho animado. O filme, feito em 1988, surge da vontade de Miyazaki de mostrar que um filme de desenho animado para crianças poderia funcionar sem aventuras mirabolantes. O filme conta a história de duas irmãs que se mudam com o pai - a mãe está internada em um hospital - para uma casa no interior no Japão pós-guerra e lá encontram um espírito da floresta. É a prova que um filme inteligente para crianças pode ser feminista e defensor do meio-ambiente sem ser moralista ou sentimentalóide. E, mais importante, é um filme que, quem sabe, ensina os olhos infantis [e adultos] a se acostumar com um padrão estético melhor que a barangada pasteurizada dos últimos filmes da Disney. Aliás eu acho que os melhores desenhos americanos da atualidade são feitos pela Pixar, grandes fãs de Myiazaki que inclusive colocaram um Totoro no quarto da menina simpática que adota Woody e companhia em Toy Story 3.
Todas as cartas de amor são Ridículas. Álvaro Campos O Tietê é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia, mas o Tietê não é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia porque não corre minha aldeia. Poucos sabem para onde vai e donde vem o ribeirão da minha aldeia,
que pertence a menos gente
mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia
foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.
Comments
Obrigado por disponibilizar.
Gosto muito do Totoro.
Acho o excerto da tromba de água e do chapéu de chuva um mimo absloutamente fabuloso.