Meu pai tinha uma biblioteca maravilhosa. Tão boa que boa parte do trabalho que fiz sobre a América Latina entre junho e agosto do ano passado, foi feita com base nos livros dele. Esse pedaço aí da foto mostra uma parte da coleção Machadiana dele. Arrumar os dele, coisa que eu não acabei de fazer, foi um exercício de luto interessante para um filho que perdeu velório, cremação e espalhamento de cinzas. Ali eu fui olhando para aqueles livros que me cercaram desde criança e pensando no sujeito que os comprou, em quando ele os comprou. Meu pai se apaixonava por um escritor e devorava tudo do cara: Bauman, Hobsbawn entre outros; antes deles Florestan Fernandes, Octavio Ianni, entre outros; antes deles Celso Furtado, Hélio Jaguaribe, entre outros; antes deles etc etc etc...
Depois e durante a longa paixão pelo Machado vieram quase todos os livros de José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Antonio Callado. Algum João Cabral, praticamente todo o Drummond, Bandeira, Cecília Meireles; as paixões da juventude: Álvares de Azevedo e Castro Alves. Católicos franceses às pencas nos anos 50 e a revista Esprit. Mais de trinta livros sobre a Revolução Russa, de memórias a clássicos. Uma longa e prazeirosa viagem com uma ponta de melancolia e saudade.
Depois e durante a longa paixão pelo Machado vieram quase todos os livros de José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Antonio Callado. Algum João Cabral, praticamente todo o Drummond, Bandeira, Cecília Meireles; as paixões da juventude: Álvares de Azevedo e Castro Alves. Católicos franceses às pencas nos anos 50 e a revista Esprit. Mais de trinta livros sobre a Revolução Russa, de memórias a clássicos. Uma longa e prazeirosa viagem com uma ponta de melancolia e saudade.
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