OS DOIS   Aos pobres     – Minha mãe, minha mãe, quanta grandeza   Nesses palácios, quanta majestade;   Como essa gente há de viver, como há de   Ser grande sempre na feliz riqueza.     Nem uma lágrima sequer – e à mesa   Dentre as baixelas, dentre a imensidade   Da prata e do ouro – a azul felicidade   Dos bons manjares de ótima surpresa.     Nem um instante os olhos rasos d’água,   Nem a ligeira oscilação da mágoa   Na vida farta de prazer, sonora.     – Como o teu louco pensamento expandes   Filho – a ventura não é só dos grandes   Porque, olha, o mar também é grande e... chora!  
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.