Skip to main content

Ser pai de uma menina de 6 anos em 2015

Ter uma filha de 6 anos como a minha [cada uma deve ser de um jeito, com certeza] é mais ou menos o seguinte [pelo menos se você quiser aprender e se divertir com ela de verdade]: um sujeito casca grossa feito eu, que cresci com três irmãos mais velhos todos muito ogros, tem que começar a aprender sobre pincéis de maquiagem e fazer sessões de salão de beleza enquanto ela toma banho de banheira para passar 3 xampús diferentes e pentear o cabelo dela, além de aprender a ver desenhos animados "harcore" como Strawberry Short Cake e Monster High e tudo mais quanto interesse a ela. E ela vai pulando de lá pra cá, e eu vou seguindo os novos interesses e obsessões, aceitando tudo com a melhor cara do mundo. Foi assim com meu filho, que hoje é um adolescente e já não quer mais muito saber dos pais. No caso dele eram Pokemóns intermináveis e Changemen e companhia limitada. No caso dela isso inclui um bilhão de gritantes e rebolantes cantoras POP que hoje movimentam o rádio sonhando em ser a próxima Kátia Perry ou Taylor Presunto Swift. Mas música Pop sempre foi assim: no 1/2 de 700.000 produtos de plástico vagabundo aparece uma jóia:







E é melhor aproveitar porque ela só tem mais um mês com 6 anos. A partir de 15 de dezembro a aventura de ser pai de uma menina de 7 anos começa.

E se você, quarentão mofado, não acredita que P!nk é fera, aqui dois vídeos canções pop apropriadamente velhuscas:




Comments

Pedro da Luz said…
Que maravilha, sinto saudades dos sete anos do Daniel e do Felipe. Acho bom vc aproveitar, pois logo, logo, as demandas serão outras. Mas te digo; não aceito ser qualificado de ogro. Abs Pedro
Paulo said…
This comment has been removed by the author.
Saudades de vocês, Mano Ogro. ;)
Tata Marques said…
Das popinhas a Pink é a melhor. Sua filha tem atitude. rsrs (tata)
Tata, saca que peça: https://www.facebook.com/paulo.d.moreira.7/videos/10152430780672180/?l=5315944103895148354

Popular posts from this blog

Contos: "O engraçado arrependido" de Monteiro Lobato

Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e...

Poema meu: Saudades da Aldeia desde New Haven

Todas as cartas de amor são Ridículas. Álvaro Campos O Tietê é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia, mas o Tietê não é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia porque não corre minha aldeia. Poucos sabem para onde vai e donde vem o ribeirão da minha aldeia, 
 que pertence a menos gente 
 mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia 
 foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, 
 a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.

Uma gota de fenomenologia

Esse texto é uma homenagem aos milhares de livrinhos fininhos que se propõem a explicar em 50 páginas qualquer coisa, do Marxismo ao machismo e de Bakhtin a Bakunin: Uma gota de fenomenologia Uma coisa é a coisa que a gente vive nos ossos, nos nervos, na carne e na pele; aquilo que chega e esfria ou esquenta o sangue do caboclo. Outra coisa bem outra é assistir essa mesma coisa, mais ou menos de longe. Nem a mãe de um caboclo que passa fome sabe o que é passar fome do jeito que o caboclo que passa fome sabe. A mãe sabe outra coisa, que é o que é ser mãe de um caboclo que passa fome. Isso nem o caboclo sabe: o que ela sabe é dela só, diferente do caboclo e diferente do médico que recebe o tal caboclo e a mãe dele no hospital. O médico sabe da fome do cabloco de um outro jeito porque ele já ficou mais longe daquela fome um tanto mais que a mãe e outro tanto bem mais que o caboclo. O jeito que o médico sabe da fome daquele caboclo pode ser mais ou menos só dele ainda, mas isso só se ele p...