22 de agosto
de 1987. O Jornal do Brasil trazia no seu caderno Idéias duas entrevistas inéditas, cada uma ocupando duas páginas do
jornal. Eram entrevistas feitas pouco antes da morte de Carlos Drummond de
Andrade naquele mesmo ano e de Glauber Rocha, em 1981.
Cristalina
a visão de dois temperamentos bastante diferentes na maneira de se colocar
publicamente. Drummond dizendo que iam esquecê-lo e que ele não se importava
com isso porque não tinha mesmo feito nada demais, e Glauber anunciando o
artista [de preferência ele mesmo, autoproclamado “poeta, escritor, crítico,
pintor […] músico” além de cineasta] como Avatar que enxerga mais longe e traça
os caminhos do futuro.
A entrevista
com Drummond não contém perguntas; só as falas do poeta com um título temático
e seguido de trechos de poesias dele que de alguma forma se relacionavam com o
que ele dizia. A entrevista de Glauber Rocha tem uma pequena introdução, que
explica o contexto da entrevista dada a Manoel Carvalheiro e se completa com
três depoimentos excelentes de Serge Daney, Louis Marcorelles e Jean Rouch,
dispostos/entitulados como três atos na vida de Glauber.
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