Entusiasmados ou desesperados, assisto partidários do Capitão-Pulha, Haddad, Ciro, Marina e Alckmin tentando seduções baratas, debatendo com sangre frio e clareza ou batendo boca apaixonadamente uns com os outros. A grande novidade, infelizmente, é a extrema direita, pesadelo mundial que chega ao Brasil na esteira de uma crise institucional que começa em 2013 e vai se agravando de desastre em desastre, montando um elenco grotesco de personalidades que eu mais parecem os personagens de um reality show de segunda categoria. Que a luta contra essa extrema direita seja capaz de unir ainda que circunstancialmente o resto do espectro político - quem sabe assim a gente se convença do valor da democracia mesmo quando a gente perde as eleições? Mesmo porque, ainda que derrotemos o Capitão-Pulha, sua mensagem continuará bem viva, esperando por alguém um pouco menos grosseiro que consiga disfarçar melhor a baba do ódio. Uma coisa, também infelizmente, não muda nada neste ciclo eleitoral de 2018...
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.