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Entre Brasil e México: Maximiliano o primo de Pedro que quis ser imperador também

Edouard Manet tenta associar o fuzilamento de Maximiliano
aos fuzilamentos denunciados por Goya quando a
França de Napoleão ocupou a Espanha.
O detalhe é que o invasor aqui é que é o fuzilado
Ferdinand Maximiliano Josef é mais conhecido como o efêmero imperador do México que morreu fuzilado em 1867 entre protestos de várias partes do mundo.

O que poucos sabem que Maximiliano esteve no Brasil visitando seu primo Pedro antes de se meter nessa aventura mal-fadada patrocinada pelos Franceses. E deixou registro escrito da viagem.

Não vou reproduzir aqui nenhum trecho do terceiro volume das suas memórias, no qual Maximiliano discorre sobre a sua visita a Salvador, Rio de Janeiro e Petropólis no Brasil em 1860. Não o faço porque o mundo já tem que digerir uma dose cavalar de violência verbal, racismo e imbecilidade e há muito tempo eu me decidi não contribuir com esse estado de exaltação indignada e raivosa que grassa por aí.

Só deixo aqui um simples registro: hoje entendo bem melhor o cada vez maior Benito Juárez, cuja fama rendeu crianças batizadas de Juarez às pencas no Brasil [além de um infame Benito italiano]. Juárez mandou fuzilar o imperador austríaco sem hesitações, apesar de vários protestos - entre eles o quadro famoso de Manet. Juárez fuzilou Maximiliano em vista de tudo o que essa figura fútil e ignorante causou ao seu país. E quando me lembro dos muitos monarquistas que insistiam em pintar a tragédia de um monarca liberal e ilustrado abandonado pelos franceses e pelos conservadores mexicanos... quanta mentira! Maximiliano era muito racista, etnocêntrico até a medula, extremamente fútil e às vezes simplesmente ridículo, além de desinformado.

Feliz o mundo das repúblicas, que está livre dessas cavalgaduras reais que ainda sobrevivem em vários cantos da Europa.

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