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Fartura de Curtura

Manchetes listadas como link “Cultura” na página online do jornal O Globo nos últimos três dias:

Dia 1
* Morre autor da lista de astros que se vestem mal
* 'High School Musical 3' chega aos cinemas esta semana
* Tatuagem nas costas de músico é vendida por US$ 200 mil
Cultura

Dia 2
* Zaha Hadid assina sapato para Lacoste
* Homem de L.A. se diz inocente de pirataria do Guns N' Roses
* Grupo RBD lançará uma coletânea de grandes sucessos

Dia 3
* Festival de Cinema de Roma homenageia Al Pacino
* Mendigo encontra cabeça de cera de Paul McCartney
* Aumentam boatos sobre caso entre Madonna e jogador de beisebol

Comments

Admirável mundo novo.
Anonymous said…
Eh duro, heim? Tambem, O Globo jah anda assim a muito tempo, pura porcaria!
Anonymous said…
Em contra partida ,me chamou muito atencao, o premio Jabuti , que teve zero de divulgacao na Rede Globo e apenas uma breve citacao na TV Bandeirantes, sem nenhuma transmissao de imagem ,claro.Eh de assustar
como dizia o sabio cartola: "eh rir para nao chorar."

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Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e...

Poema meu: Saudades da Aldeia desde New Haven

Todas as cartas de amor são Ridículas. Álvaro Campos O Tietê é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia, mas o Tietê não é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia porque não corre minha aldeia. Poucos sabem para onde vai e donde vem o ribeirão da minha aldeia, 
 que pertence a menos gente 
 mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia 
 foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, 
 a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.

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