Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e...
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.
Comments
pela visita e pelo comentário.
Há anos, eu estive na Rua Ceará, em Divinópolis, na casa da Adélia Prado, que me deu dois dos livros dela - O Coração Disparado, e Soltem Os Cachorros. Eu já tinha o primeiro livro dela: BAGAGEM. Ela é ma pessoa extrovertida, um sorriso encantador, enfim, uma pessoa de fácil conversa. Uma casa confortável, mineiramente sadia, sossegada mesmo.
Sim. ela é uma grande poetisa (não escrevo no masculino, embora seja a tônica de tantos analfabetos e "críticos" e "mestres do idioma" assim dizerem: A POETA. Tolices.
Novamente, grato. A Casa é sua. A propósito, PALIAVANA - que é o título do meu Blog, é uma orquídea, típica da região da Serra do Cipó, MG (mas não apenas de lá). Uma lindura, estonteante.
Um abraço, boa segunda-feira.
DARLAN M CUNHA