Depois de Mayara Petruso, Flavinha Amorim. Frustradas com a derrota de José Serra e do Fluminense, as duas usaram o twitter para dar asas a aspectos muito feios e tristes da cultura brasileira. Quase sinto vontade de agradecer às essas duas antas, porque o caso aqui não tem nada a ver nem com votar em José Serra ou Dilma Roussef nem com torcer pelo Fluminense ou não gostar de Ronaldinho Gaúcho. Tem a ver com uma mistura perversa de RASCISMO e CLASSISMO que sobrevive no Brasil principalmente graças ao seu caráter mais ou menos estrategicamente enrustido que se revela numa esquizofrenia: 99% dos brasileiros dizem que o país é racista e 99% dizem que não são racistas. Não vamos portanto fingir que a dupla de "universitárias" - vale a pena pensar na forma como as duas se identificaram - são parte desse misterioso 1% de preconceituosos que conseguem transformar um país inteiro num país racista. Está mais que na hora das pessoas pararem de fingir que o problema - sério, urgente, inadiável - vive lá na África do Sul e que basta investir no ensino básico para que tudo se resolva no Brasil. Muito pelo contrário: quanto mais forte a presença de negros e pardos na classe média, mais esse enrustimento tende a explodir em manifestações "bolsonárias" como as de Mayara Petruso e Flavinha Amorim.
1. O crescimento dos protestantes no Brasil é realmente impressionante, saindo de uma pequena minoria para quase um quarto da população em 30 anos: 1980: 6,6% 1991: 9% 2000: 15,4%, 26,2 milhões 2010: 22,2%, 42,3 milhões Há mais evangélicos no Brasil do que nos Estados Unidos: são 22,37 milhões da população e mais ou menos a metade desses pertencem à mesma igreja. Você sabe qual é? 2. Costuma-se, por ignorância ou má vontade, a dar um destaque exagerado a Igreja Universal do Reino de Deus e ao seu líder, Edir Macedo. A IURD nunca representou mais que 15% dos evangélicos e menos de 10% dos protestantes como um todo. Além disso, a IURD diminuiu seu número de fiéis nos últimos 10 anos de acordo com o censo do IBGE, ao contrário de outras denominações, que já eram bem maiores. 3. Os jornalistas dos jornalões, acostumados com a rígida hierarquia inst...
Comments