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15 minutos de televisão ou quando sai a próxima nave espacial para fora daqui?

Não tenho televisão em casa. Isso já faz mais de 10 anos. Temos o aparelho, mas não temos nem antena nem cabo aqui em casa. Isso não é nenhuma grande decisão ideológica - simplesmente o serviço à cabo é muito caro e a gente não usava o suficiente para justificar o gasto. Isso não significa que a gente não assista a TV aqui em casa. Assistimos aos filmes e programas de televisão que escolhemos pela internet. Mas sem TV propriamente.
Depois de uma longa pausa, fomos hoje de manhã fazer esteira no clube de que a gente fica sócio no inverno, para fugir da neve e dar às crianças uma opção de ir à piscina. Lá tem TV pendurada na parede. Geralmente pedimos o controle remoto e vamos tentando achar alguma coisa que preste, sem sucesso: de manhã pelo menos são 40 canais de idiotice. A gente acaba optando então pelo noticiário, que é sempre um choque. Hoje depois de quase um mês mais um choque de "realidade": uma bizarra reportagem sobre os miliardários russos que eu pego pelo final e depois um bizarro elenco de noticiário matinal dançando com aquela animação digna de Programa do Fostão uma inacreditável "Get Lucky" cantada em inglês por um bizarro coro masculino de policiais russos. Fora aqueles closes na bunda das chacretes da minha infância, tudo exatamente igual. Pelo jeito eu não estou mesmo perdendo nada. Fico só imaginando as possíveis reportagens dessa troupe "animada" nas olimpíadas no Rio de Janeiro.

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