Marco Bechis fez um documentário [Il sorriso del capo] sobre os filmes que o regime fascista de Mussolini montou como propaganda do regime. Abaixo, 5 minutos desses filmes. Cá entre nós, fora a mania de sincronizar multidões uniformizadas de mulheres, poderia ser um anúncio da propaganda de qualquer governo ou de qualquer escola. Com isso não estou chamando todo mundo de fascista, mesmo porque um filme de propaganda política pode adotar qualquer tipo de discurso em princípio. Mas a semelhança ainda assim me perturba. Uma retórica triunfante de convencimento?
Todas as cartas de amor são Ridículas. Álvaro Campos O Tietê é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia, mas o Tietê não é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia porque não corre minha aldeia. Poucos sabem para onde vai e donde vem o ribeirão da minha aldeia,
que pertence a menos gente
mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia
foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.
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