Gosto em primeiro lugar da ideia simples e despojada de vídeo-clip. O tema da canção se enquadra bem na proposta do vídeo também. O violão também eu gosto muito. Agora tem algo na letra, uma certa tendência a jogar com trocadilhos, que eu acho um pouco dominante demais na música brasileira. Às vezes acho que eu preferiria um pouco menos de Caetano nas letras, mas isso é só implicância de quem anda trabalhando muito mais do que gostaria [são 3 da matina de sábado para domingo e isso aqui é só uma pausa na labuta]...
Todas as cartas de amor são Ridículas. Álvaro Campos O Tietê é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia, mas o Tietê não é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia porque não corre minha aldeia. Poucos sabem para onde vai e donde vem o ribeirão da minha aldeia,
que pertence a menos gente
mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia
foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.
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