Skip to main content

Tenochtitlán em Pindorama: "Inconstância Material" de Hector Zamora

México no Brasil na performance organizada por Héctor Zamora em galeria de São Paulo. Gosto e ao mesmo tempo desgosto da proposta e, sem moralismos, suponho que isso indica uma certa força nessa "Inconstância Material". E noto um detalhezinho muito interessante para mim: um dos trabalhadores envolvidos cantarola, de tempos em tempos, o motivo incial de uma canção famosa de Dorival Caymmi.

INCONSTÂNCIA MATERIAL _ Hector Zamora from / REGISTRO DE ARTE / on Vimeo.

Aqui o comentário/contexto dado na reportagem através da qual fiquei conhecendo a obra, que trata de arte discutindo/refletindo sobre arquitetura/urbanismo no Brasil:

And it’s there, large as life, in the work of the Mexican artist Héctor Zamora, who lives in São Paulo. In Inconstância Material (Material Inconstancy, 2012), Zamora brought a crew of construction workers into São Paulo’s Luciana Brito Galeria to perform a kind of bricklayers’ ballet, in which they tossed hundreds of clay bricks from hand to hand along a human chain, as is done every day on building sites. Calling out a random selection of words and phrases from ‘Gigante’ (‘Giant’, 2012), a poem created for the artwork by the artist Nuno Ramos, the men worked in a spectacle of speed, dexterity, human error and dust, missed bricks smashing to the ground as others piled up to form hurried, impro vised structures. “I wanted the piece to leave my hands, and to let them take control of the work,” says Zamora. Having the words to call out to one another as they heaved the bricks between them helped the builders relax in the unusual environment of the gallery, he says, adding a playfulness that gave rise to organically emerging songs, chants and words, until Ramos’s words began to melt into the improvised babel. “The bricklayers became the protagonists, the stars of the show,” says Zamora. “The work was a way to create a circuit in which they were visible, recognised, laughing as the bricks flew between them – it was a way to break the myth of architecture as untouchable.” 

Comments

Popular posts from this blog

Diário do Império - Antenado com a minha casa [BH]

Acompanho a vida no Brasil antes de tudo pela internet, um "lugar" estranho em que a [para mim tenebrosa] classe m é dia brasileira reina soberana, quase absoluta, com seus complexos, suas mediocridades e sua agressividade... Um conhecido, daqueles que ao inv és de ter um blogue que a gente visita quando quer, prefere um papel mais ativo, mandando suas "id éias" para os outros por e-mail, me enviou o texto abaixo, que eu vou comentar o mais sucintamente possível: resolvi a partir de amanh ã fazer um esforço e tentar, al ém do blogue, onde expresso minhas "id éias" passivamente, tentar me comunicar diretamente com as pessoas por carta... OS ALUNOS DE UNIVERSIDADES PARTICULARES DERAM UMA RESPOSTA; E A BRIGA CONTINUOU ... 1 - PROVOCAÇÃO INICIAL Estudar na PUC:............... R$ 1.200,00 Estudar no PITÁGORAS:..........R$ 1.000,00 Estudar na NEWTON:.....R$ 900,00 Estudar na FUMEC:............ R$600,00 Estudar na UNI-BH:........... R$ 550,00 Estudar na

Uma gota de fenomenologia

Esse texto é uma homenagem aos milhares de livrinhos fininhos que se propõem a explicar em 50 páginas qualquer coisa, do Marxismo ao machismo e de Bakhtin a Bakunin: Uma gota de fenomenologia Uma coisa é a coisa que a gente vive nos ossos, nos nervos, na carne e na pele; aquilo que chega e esfria ou esquenta o sangue do caboclo. Outra coisa bem outra é assistir essa mesma coisa, mais ou menos de longe. Nem a mãe de um caboclo que passa fome sabe o que é passar fome do jeito que o caboclo que passa fome sabe. A mãe sabe outra coisa, que é o que é ser mãe de um caboclo que passa fome. Isso nem o caboclo sabe: o que ela sabe é dela só, diferente do caboclo e diferente do médico que recebe o tal caboclo e a mãe dele no hospital. O médico sabe da fome do cabloco de um outro jeito porque ele já ficou mais longe daquela fome um tanto mais que a mãe e outro tanto bem mais que o caboclo. O jeito que o médico sabe da fome daquele caboclo pode ser mais ou menos só dele ainda, mas isso só se ele p

Protestantes e evangélicos no Brasil

1.      O crescimento dos protestantes no Brasil é realmente impressionante, saindo de uma pequena minoria para quase um quarto da população em 30 anos: 1980: 6,6% 1991: 9% 2000: 15,4%, 26,2 milhões 2010: 22,2%, 42,3 milhões   Há mais evangélicos no Brasil do que nos Estados Unidos: são 22,37 milhões da população e mais ou menos a metade desses pertencem à mesma igreja.  Você sabe qual é? 2.      Costuma-se, por ignorância ou má vontade, a dar um destaque exagerado a Igreja Universal do Reino de Deus e ao seu líder, Edir Macedo. A IURD nunca representou mais que 15% dos evangélicos e menos de 10% dos protestantes como um todo. Além disso, a IURD diminuiu seu número de fiéis   nos últimos 10 anos de acordo com o censo do IBGE, ao contrário de outras denominações, que já eram bem maiores. 3.      Os jornalistas dos jornalões, acostumados com a rígida hierarquia institucional católica não conseguem [ou não tentam] entender muito o sistema