Acho um absurdo esse monopólio absoluto da literatura brasileira nas escolas e no vestibular. Parece coisa de um tempo em que nosso complexo de inferioridade queria evitar de qualquer forma a comparação com os grandes mestres da Europa para que as nossas supostas "fragilidades" não ficassem mais claras. A literatura brasileira não precisa e não deve temer a comparação com nenhuma outra. Não seria maravilhoso ler juntos Eça e Machado, Cruz e Souza e Camilo Pessanha, Drummond e Fernando Pessoa? Ler juntos Borges e Guimarães Rosa, Rulfo e Graciliano Ramos, Clarice e Cortázar, que tal? Uma das coisas mais difíceis para mim é explicar a um falante de língua inglesa que na nossa universidade nós segregamos a literatura em português em dois departamentos completamente diferentes. Para eles dividir Dickens e Edgar Allan Poe em dois departamentos seria algo incompreensível. E nós ainda acusamos [com uma certa razão] os anglo-saxões de tentar compartimentar tudo em guetos. Reservas de Mercado desse tipo podem ser políticas utéis em vários campos da economia, mas no ramo literário… acabamos promovendo uma formação nacionalista no pior sentido dessa palavra: profundamente provinciana, avessa ao novo e ao diferente vistos como estrangeiros. Não somos assim – pecamos hoje em dia muitas vezes pela apreciação deslumbrada de certos autores anglo-saxões que nem estão com essa bola toda - porque nossa formação escolar é quase que completamente inepta. Ou talvez porque o nacionalismo xenófobo e o deslumbramento com o estrangeiro sejam duas faces da mesma moeda: o complexo de inferioridade.
1. O crescimento dos protestantes no Brasil é realmente impressionante, saindo de uma pequena minoria para quase um quarto da população em 30 anos: 1980: 6,6% 1991: 9% 2000: 15,4%, 26,2 milhões 2010: 22,2%, 42,3 milhões Há mais evangélicos no Brasil do que nos Estados Unidos: são 22,37 milhões da população e mais ou menos a metade desses pertencem à mesma igreja. Você sabe qual é? 2. Costuma-se, por ignorância ou má vontade, a dar um destaque exagerado a Igreja Universal do Reino de Deus e ao seu líder, Edir Macedo. A IURD nunca representou mais que 15% dos evangélicos e menos de 10% dos protestantes como um todo. Além disso, a IURD diminuiu seu número de fiéis nos últimos 10 anos de acordo com o censo do IBGE, ao contrário de outras denominações, que já eram bem maiores. 3. Os jornalistas dos jornalões, acostumados com a rígida hierarquia inst...
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