Foto: Fathia Al-Absi faz pão no campo de refugiados de Al-Shati , Gaza. Photograph: Abid Katib/Getty Images http://blogs.guardian.co.uk/food/2008/04/20-week/ Eu sou o chão que a palavra pisa. Eu sou o pão que a palavra come. Pobre palavra, consome e oprime justo aquilo que a sustenta viva; pobre de mim, condenado à fome e sabedoria dos insetos, gastos, sujos, insones, expressos na lágrima que não cai, represa. É eu e a palavra que me pisa, eu e essa palavra que me come, juntos no matrimônio fundido até que o tempo dê a medida das coisas e nos livre do amor em que eu sou chão e pão da palavra.
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.