Em primeira pessoa fica assim:
Mal abro a boca
já falo eu mesmo
e o lugar de onde eu vim.
Mal abro a boca
já falo essa vida
que passa da minha boca
pra fora, onde nasce
vive e morre o mundo.
Mal abro a boca
já mexo com quem escuta,
não pelo que disse aqui
mas pelo que se ouve aí,
desse outro lado
onde eu não posso entrar.
Mal abro a boca
e bordo som e palavra,
num tipo de música
sutil, que às vezes transborda,
mas quase sempre não.
Mal abro a boca.
Em terceira pessoa, assim:
Mal abre a boca o sujeito
já falaram ele mesmo
e o lugar de onde ele vem.
Mal abre a boca o sujeito
já fala essa vida
que passa da sua boca
pra fora, onde nasce
vive e morre o mundo.
Mal abre a boca o sujeito
já mexeu com quem escuta,
não pelo que disse lá
mas pelo que se ouve aqui,
desse outro lado
onde ele não pode entrar.
Mal abre a boca o sujeito
e borda, som e palavra,
um tipo de música
sutil, que às vezes transborda,
mas quase sempre não.
Mal abre a boca o sujeito.
Mal abro a boca
já falo eu mesmo
e o lugar de onde eu vim.
Mal abro a boca
já falo essa vida
que passa da minha boca
pra fora, onde nasce
vive e morre o mundo.
Mal abro a boca
já mexo com quem escuta,
não pelo que disse aqui
mas pelo que se ouve aí,
desse outro lado
onde eu não posso entrar.
Mal abro a boca
e bordo som e palavra,
num tipo de música
sutil, que às vezes transborda,
mas quase sempre não.
Mal abro a boca.
Em terceira pessoa, assim:
Mal abre a boca o sujeito
já falaram ele mesmo
e o lugar de onde ele vem.
Mal abre a boca o sujeito
já fala essa vida
que passa da sua boca
pra fora, onde nasce
vive e morre o mundo.
Mal abre a boca o sujeito
já mexeu com quem escuta,
não pelo que disse lá
mas pelo que se ouve aqui,
desse outro lado
onde ele não pode entrar.
Mal abre a boca o sujeito
e borda, som e palavra,
um tipo de música
sutil, que às vezes transborda,
mas quase sempre não.
Mal abre a boca o sujeito.
Comments
Justifico minha escolha: gosto de escrever em terceira pessoa, me agrada ler, como se eu, de fora, me olhasse e falasse daquela que vejo.
enfim. até. :)
concordo com a mariana sobre "o sujeito". achei que o verso fica pesado com uma palavra tão forte no fim.
não dá pra trocar de lugar? tipo: "o sujeito mal abre a boca"
ou então colocar o mesmo peso no final dos outros versos da estrofe, pra ficar mais equilibrado.
(perdoe o classicismo)
O motivo de eu ter experimentado com a primeira pessoa é por causa da questão dos aquis e aí e dentros e foras que ficavam, talvez, meio enrolados quando a voz era na terceira pessoa.