Sobre a felicidade [da direita] li artigo de Elizabeth Kolbert na New Yorker sobre uma leva de "happiness research scholars" que andam escrevendo sobre como aplicar às políticas públicas as descobertas do campo, dominado em geral por um empirismo grosseiro. Uma conclusão: já que a desigualdade não afeta o grau de felicidade de ricos e pobres, os governos não deviam investir em reduzi-la. Sobre a popularidade de políticas de combate à desigualdade, o mesmo autor diz que suas pesquisas mostram que as pessoas não sabem o que vai fazê-las feliz de fato e que cabe aos governos escolher entre a demagogia e a ciência. O parágrafo final do artigo é preciso na sutileza de dizer o óbvio:
“Let’s imagine, for a moment, that we had enjoyed ourselves for the past fifty years. Surely, trashing the planet is just as wrong if people take pleasure in the process as it is if they don’t. The same holds true for leaving future generations in hock and for exploiting the poor and for shrugging off inequality. Happiness is a good thing; it’s just not the only thing.”
Comments