Skip to main content

Aimee Mann e seu manifesto anti-balada açucarada

How am I different

I can't do it
I can't conceive
you're everything you're trying to make me believe
cause this show is
too well designed
too well to be held with only me in mind

And how am I different?
How am I different?
How am I different?

I can't do it
so move along
do you really want to wait until I prove you wrong?
And don't tell me--
let me guess
I could change it all around if I would just say yes

But how am I different?
How am I different?
How am I different?

And just one question before I pack--
when you fuck it up later,
do I get my money back?

I can't do it
and as for you--
can you in good conscience even ask me to
Cause what do you care
about the great divide
as long as you come down
on the winner's side


And how am I different?
How am I different?
How am I different?

Just one question before I buy
when you fuck it up later,
do I get my money back?

Comments

sabina said…
gostei.

uma pergunta: quando ela diz "how am i different?" é como se se referisse ao elogio vazio que o outro faz?

tenho dificuldades pra entender certos versos.

fiquei um tempão pra entender algo que li num artigo: "the clitoris in her least speech".

se entendi corretamente, o "her" se refere ao clitoris?
Sabina, acho que o "how am I different?" tem duas formas de interpretar:
1. "Escuta aqui, meu chapa, que papo é esse de que eu sou differente [das outras]?"
2. Eu sou igualzinha a você, ou seja, eu também conheço alguém que me interessa e fico mostrando pra essa pessoa a minha melhor cara, mas depois acabo fazendo merda e decepcionando - ela e eu.
No final ela acaba dizendo: tudo bem, vamos lá, mas quando vc foder com tudo eu quero meu dinheiro de volta!
Agora, esse "the clitoris in her last speech"... Vc tem a frase completa?
obrigada pela explicação, ;)
eu não havia pensado com tantos detalhes na segunda possibilidade.

quanto ao poema, é assim:

DESPISALS (Muriel Rukeyser)

In the human cities, never again to
despise the backside of the city, the ghetto,
or build it again as we build the despised
backsides of houses. Look at your own building
You are the city.'

Among our secrecies, not to despise our Jews
(that is, ourselves) or our darkness, our blacks,
or in our sexuality wherever it takes us
and we now know we are productive
too productive, too reproductive

for our present invention – never to despise
the homosexual who goes building another
with touch with touch (not to despise any touch)
each like himself like herself each.
You are this.

In the body’s ghetto
never to go despising the asshole
nor the useful shit that is our clean clue
to what we need. Never to despise
the clitoris in her least speech.
Never to despise in myself what I have been taught
to despise. Nor to despise the other.

Not to despise the it. To make this relation
with the it : to know that I am it.
o verso está na penultima estrofe.
Sabina, "speech" nesse caso eu acho que está no sentido, por exemplo, de "free speech" [livre expressão]. Em outras palavras seria uma convocação a escutar o clitóris em todas as suas expressões, mesmo as menores [in the least].
Belo poema. Você sabe de que ano é?
sabina said…
Acho que é do livro "Breaking Open", de 1973.

Eu tinha imaginado esse significado... mas fiquei uma boa meia hora pra entender. Mesmo sendo palavras simples, me confundi na primeira leitura, achando que "her" se referia a uma mulher.
O inglês tem esse mistério: eles de vez em quanto dão gênero às coisas e, principalmente quando o gênero que eles escolhem não bate com o do português, eu acho super-esquisito. Por exemplo, cobra [snake] é primariamente masculino e, pelo jeito, clitóris é feminino!

Popular posts from this blog

Diário do Império - Antenado com a minha casa [BH]

Acompanho a vida no Brasil antes de tudo pela internet, um "lugar" estranho em que a [para mim tenebrosa] classe m é dia brasileira reina soberana, quase absoluta, com seus complexos, suas mediocridades e sua agressividade... Um conhecido, daqueles que ao inv és de ter um blogue que a gente visita quando quer, prefere um papel mais ativo, mandando suas "id éias" para os outros por e-mail, me enviou o texto abaixo, que eu vou comentar o mais sucintamente possível: resolvi a partir de amanh ã fazer um esforço e tentar, al ém do blogue, onde expresso minhas "id éias" passivamente, tentar me comunicar diretamente com as pessoas por carta... OS ALUNOS DE UNIVERSIDADES PARTICULARES DERAM UMA RESPOSTA; E A BRIGA CONTINUOU ... 1 - PROVOCAÇÃO INICIAL Estudar na PUC:............... R$ 1.200,00 Estudar no PITÁGORAS:..........R$ 1.000,00 Estudar na NEWTON:.....R$ 900,00 Estudar na FUMEC:............ R$600,00 Estudar na UNI-BH:........... R$ 550,00 Estudar na

Uma gota de fenomenologia

Esse texto é uma homenagem aos milhares de livrinhos fininhos que se propõem a explicar em 50 páginas qualquer coisa, do Marxismo ao machismo e de Bakhtin a Bakunin: Uma gota de fenomenologia Uma coisa é a coisa que a gente vive nos ossos, nos nervos, na carne e na pele; aquilo que chega e esfria ou esquenta o sangue do caboclo. Outra coisa bem outra é assistir essa mesma coisa, mais ou menos de longe. Nem a mãe de um caboclo que passa fome sabe o que é passar fome do jeito que o caboclo que passa fome sabe. A mãe sabe outra coisa, que é o que é ser mãe de um caboclo que passa fome. Isso nem o caboclo sabe: o que ela sabe é dela só, diferente do caboclo e diferente do médico que recebe o tal caboclo e a mãe dele no hospital. O médico sabe da fome do cabloco de um outro jeito porque ele já ficou mais longe daquela fome um tanto mais que a mãe e outro tanto bem mais que o caboclo. O jeito que o médico sabe da fome daquele caboclo pode ser mais ou menos só dele ainda, mas isso só se ele p

Protestantes e evangélicos no Brasil

1.      O crescimento dos protestantes no Brasil é realmente impressionante, saindo de uma pequena minoria para quase um quarto da população em 30 anos: 1980: 6,6% 1991: 9% 2000: 15,4%, 26,2 milhões 2010: 22,2%, 42,3 milhões   Há mais evangélicos no Brasil do que nos Estados Unidos: são 22,37 milhões da população e mais ou menos a metade desses pertencem à mesma igreja.  Você sabe qual é? 2.      Costuma-se, por ignorância ou má vontade, a dar um destaque exagerado a Igreja Universal do Reino de Deus e ao seu líder, Edir Macedo. A IURD nunca representou mais que 15% dos evangélicos e menos de 10% dos protestantes como um todo. Além disso, a IURD diminuiu seu número de fiéis   nos últimos 10 anos de acordo com o censo do IBGE, ao contrário de outras denominações, que já eram bem maiores. 3.      Os jornalistas dos jornalões, acostumados com a rígida hierarquia institucional católica não conseguem [ou não tentam] entender muito o sistema