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Recordar é viver

Está no centro do Rio de Janeiro a Matriz de Santa Rita, centro do poder de José Caetano Ferreira de Aguiar
1828. Ainda faltam dois anos para o Brasil cumprir seu acordo com a Inglaterra: em troca do reconhecimento da independência, o fim do tráfico de escravos. Registram-se a chegada de 45.870 escravos africanos ao Rio de Janeiro. São mais de cem por dia, todos os dias do ano, em média. 2.019 deles chegam mortos ou morrem logo depois que chegam e são enterrados num mais ou menos do tamanho de um campo de futebol. A freguesia de Santa Rita ganha uma fortuna com esse cemitério, onde um par de escravos despeja os corpos de qualquer jeito em valas comuns rasas, enterrados sem esquifes nem mortalhas. O vigário geral do bispado e da matriz de Santa Rita, José Caetano Ferreira de Aguiar, chegou a senador do império de 1826 a 1836, com direito a retrato como benfeitor da Casa de Misericórdia. Protegido do Bispo José Joaquim Justiniano, sexto bispo do Rio de Janeiro, morto em 1805.

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 que pertence a menos gente 
 mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia 
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