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Enquanto chovem análises políticas disso e daquilo baseado em "temas" e "assuntos"...

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Arnold Hauser a partir da leitura que Engels faz de Balzac: 
“It has since become quite clear that artistic progressivism and political conservatism are perfectly compatible and that every honest artist who describes reality faithfully and sincerely has an enlightening and emancipating influence on his age.
Social History of Art, Volume 4, “Naturalism and impressionism,” p. 29

 No mesmo livro Hauser transforma Charles Dickens, contra ele mesmo e contra o próprio Dickens, numa figura de escritor muito interessante:
“This apparently so decent, correct, respectable Victorian turns out to be a desperate surrealist tormented by fear-ridden dreams.”
[…]
 “… in reality, all the characters of this naturalist are caricatures, all the features of real life are exaggerated, pushed to extremes, overstrained, everything becomes a fantastic shadow-play and puppet-show, everything is transformed into the stylized simplified and stereotyped relationships and situations of the melodrama.”
Social History of Art, Volume 4, “Naturalism and impressionism,” p. 74

E na minha cabeça enquanto leio tudo isso, ele:

No meu mundo ideal, tirariam Nelson Rodrigues da tumba e entregariam nas mãos dele a próxima novela das oito da Rede Bobo. Depois disso: o Apocalipse Social!!!



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