Skip to main content

Diário da Babilônia: Um pouco mais sobre universidades


Trechos interesantes de reportagem recente sobre as humanidades nos EUA. Detalhe importante: o que nós no Brasil chamamos de ciências humanas, nos EUA são divididas em ciências sociais [sociologia, antropologia, economia etc] e humanidades [história, letras, inglês etc].

"... about four million people worked in humanities-related jobs, like museum curator or humanities teacher, from 2007 to 2009. More than 115,000 students earned baccalaureate degrees in the humanities in 2011, a 20-percent increase in absolute terms over a decade earlier. And 84 percent of students who earned bachelor's degrees in the humanities said they were satisfied with their choice of major one year after graduation.
[...]
The share of all bachelor's degrees conferred in the humanities continues to be fairly small, at about 11 percent, though that has been the case for decades. And humanities research receives 0.48 percent of what the federal research budget gives to higher education for science and engineering.
[...]
19 percent of the members of Congress majored in the humanities as undergraduates, a share exceeded by the 26 percent who earned degrees in vocational fields and the 37 percent in the social sciences. The least frequent major was "the sciences," at 8 percent."


Comments

Se entendi bem, o número de graduados em humanas é baixo?

Lembrei daquele artigo do João Moreira Salles sobre as ciências exatas no Brasil.
O nível é baixo, sim, Sabina. Mais já esteve pior. O que acontece aqui é que o sistema admite as pessoas para a universidade como um todo e uma vez dentro, ela escolhe sua especialização [major]. Depois de 4 anos a pessoa pode então se candidatar a fazer um curso "profissional", no caso de Yale, nas escolas de Drama, Direito, Medicina, administração, música, etc. Depois dos 4 anos muita gente vai trabalhar sem necessariamente fazer esses cursos. Por aqui a gente brinca que a universidade não ensina nada para preparar o aluno para tudo.

Popular posts from this blog

Diário do Império - Antenado com a minha casa [BH]

Acompanho a vida no Brasil antes de tudo pela internet, um "lugar" estranho em que a [para mim tenebrosa] classe m é dia brasileira reina soberana, quase absoluta, com seus complexos, suas mediocridades e sua agressividade... Um conhecido, daqueles que ao inv és de ter um blogue que a gente visita quando quer, prefere um papel mais ativo, mandando suas "id éias" para os outros por e-mail, me enviou o texto abaixo, que eu vou comentar o mais sucintamente possível: resolvi a partir de amanh ã fazer um esforço e tentar, al ém do blogue, onde expresso minhas "id éias" passivamente, tentar me comunicar diretamente com as pessoas por carta... OS ALUNOS DE UNIVERSIDADES PARTICULARES DERAM UMA RESPOSTA; E A BRIGA CONTINUOU ... 1 - PROVOCAÇÃO INICIAL Estudar na PUC:............... R$ 1.200,00 Estudar no PITÁGORAS:..........R$ 1.000,00 Estudar na NEWTON:.....R$ 900,00 Estudar na FUMEC:............ R$600,00 Estudar na UNI-BH:........... R$ 550,00 Estudar na

Uma gota de fenomenologia

Esse texto é uma homenagem aos milhares de livrinhos fininhos que se propõem a explicar em 50 páginas qualquer coisa, do Marxismo ao machismo e de Bakhtin a Bakunin: Uma gota de fenomenologia Uma coisa é a coisa que a gente vive nos ossos, nos nervos, na carne e na pele; aquilo que chega e esfria ou esquenta o sangue do caboclo. Outra coisa bem outra é assistir essa mesma coisa, mais ou menos de longe. Nem a mãe de um caboclo que passa fome sabe o que é passar fome do jeito que o caboclo que passa fome sabe. A mãe sabe outra coisa, que é o que é ser mãe de um caboclo que passa fome. Isso nem o caboclo sabe: o que ela sabe é dela só, diferente do caboclo e diferente do médico que recebe o tal caboclo e a mãe dele no hospital. O médico sabe da fome do cabloco de um outro jeito porque ele já ficou mais longe daquela fome um tanto mais que a mãe e outro tanto bem mais que o caboclo. O jeito que o médico sabe da fome daquele caboclo pode ser mais ou menos só dele ainda, mas isso só se ele p

Protestantes e evangélicos no Brasil

1.      O crescimento dos protestantes no Brasil é realmente impressionante, saindo de uma pequena minoria para quase um quarto da população em 30 anos: 1980: 6,6% 1991: 9% 2000: 15,4%, 26,2 milhões 2010: 22,2%, 42,3 milhões   Há mais evangélicos no Brasil do que nos Estados Unidos: são 22,37 milhões da população e mais ou menos a metade desses pertencem à mesma igreja.  Você sabe qual é? 2.      Costuma-se, por ignorância ou má vontade, a dar um destaque exagerado a Igreja Universal do Reino de Deus e ao seu líder, Edir Macedo. A IURD nunca representou mais que 15% dos evangélicos e menos de 10% dos protestantes como um todo. Além disso, a IURD diminuiu seu número de fiéis   nos últimos 10 anos de acordo com o censo do IBGE, ao contrário de outras denominações, que já eram bem maiores. 3.      Os jornalistas dos jornalões, acostumados com a rígida hierarquia institucional católica não conseguem [ou não tentam] entender muito o sistema