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Diário da Babilônia: um raio X dos alunos de uma universidade privada nos Estados Unidos

Números sobre a nova turma que chegou à universidade privada onde eu trabalho neste ano letivo que começa em setembro:

1. Apenas 6.72% do total de 29.610 candidatos conseguiu uma vaga na universidade;

2. metade dos que entraram recebem algum tipo de auxílio financeiro [calculado de acordo com a renda da família];

3. 55% dos que entraram estudaram em escolas públicas americanas;

4. 12% são os primeiros em suas famílias a frequentar uma universidade;

5. 10% vieram de fora dos Estados Unidos;

6. 37.1% são "students of color";

7. 10% são "multiraciais";

8. Nenhum deles escolheu qualquer tipo de carreira ainda [o jornal me informa que 12% estão interessados em uma especialização em engenharia. 



Comments

@bernarducs said…
Geralmente quem veio de escola pública são aqueles que recebem auxílio?

Que tipo de auxílio financeiro? Só para pagto das mensalidades?

Estão dentro de "multiraciais" aqueles os quais chamamos aqui de "pardos"? Na verdade, o que seria "multiraciais"?
Olha, em geral a gente pode supor que a grande maioria dos que recebem auxílio de custo estudaram em escolas públicas, mas isso é uma pressuposição da minha parte porque as escolas privadas são bem caras mas também dão ajuda de custo para uma minoria de seus alunos.
Eu não trabalho diretamente com isso mas o auxílio em geral é relativo ao pagamento das mensalidades e dos custos de alojamento, que são bem altos.
Multiraciais são aqueles que, espontaneamente, identificaram-se no questionário como pertencendo a dois ou mais grupos étnicos diferentes. "Por exemplo, minha mãe é mexicana e meu pai é judeu americano e eu nasci aqui e por isso eu me identifico como Mexicano-Judeu-Americano." Nos EUA o que o censo brasileiro chama de pardo seria identificado como "African-American" ou "Black". Um americano, por exemplo, classificaria uma pessoa com o fenotipo do Ronaldinho Gorducho dessa forma sem pensar duas vezes.

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