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Colagem minha |
“Contudo, às vezes
sucede que morramos, de algum modo, espécie diversa de morte, imperfeita e
temporária no próprio decurso desta vida. Morremos, morre-se, outra palavra não
haverá que defina tal estado, essa estação crucial. É um obscuro finar-se, continuando,
um trespassamento que não põe termo natural à existência, mas em que a gente se
sente o campo de operação profunda e desmanchadora, de íntima transmutação
precedida de certa parada, sempre com uma destruição prévia, um dolorido
esvaziamento; nós mesmos, então, nos estranhamos.”
"Páramo" de Guimarães Rosa
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