Diz a propaganda do Estado de São Paulo que a diferença entre um blogue e um jornal na internet é que o primeiro é escrito sem qualquer tipo de “controle de qualidade” e por isso não é confiável, ao contrario do segundo. Mas olha que interessante o que se encontra nos blogues do próprio vetusto jornal:
“As eleições americanas estão ainda mais agitadas do que se previa. Entre os pré-candidatos, meu ideal era ver uma disputa entre Barack Obama e Rudolph Giuliani. São os dois candidatos menos politicamente corretos ou previsíveis. Hillary Clinton é a cara do velho Partido Democrata, com sua ênfase num Estado mais protetor; Mike Huckabee e John McCain são os republicanos por essência, conservadores em questões morais e agressivos em política externa. Obama tem um discurso de união, que não faz proselitismo racial, mas esbarra no fato de não ter muita experiência administrativa. Giuliani, ex-democrata, é o preferido de regiões como Nova York, mas menosprezou as primárias em estados menores e, um tanto quanto sofisticado ou impreciso em suas opiniões, não conseguiu achar um discurso que seduzisse os republicanos mais arraigados. Ainda há muito por rolar, em especial a superterça no dia 5 de fevereiro, mas não será fácil ver o embate que imagino. De qualquer modo, com a maior participação de jovens e mulheres, é possível sentir que uma simples continuidade de Bush não é o que os EUA desejam. Sem risco de otimismo, isso já é um baita avanço.”
1. Ser um candidato “menos politicamente correto e previsível” é o ideal do gênio que escreveu o texto acima. Que tal então transferirmos a sapiência e profundidade da Teoria Piza de política para o Brasil e eleger alguém do Casseta e Planeta para presidente?
2. Huckabee e McCain são “agressivos em política externa” – já dá para ver que o nosso analista politico de fundo de quintal nunca leu uma opinião de Rudolph Giuliani a esse respeito. Ele prometeu começar uma Guerra contra o Irã para não deixar o país obter armas nucleares; disse que waterboarding só era tortura quando feito pelos “bad guys” e que a “mídia liberal” era responsável pela má reputação dessa técnica de interrogação e disse que iria ameaçar diplomatas americanos de coisas impublicáveis e eles não defendessem mais agressivamente a política externa Americana. “The era of cost-free anti-Americanism must end,” foi o que Giuliani disse no seu artigo na revista Foreign Affairs, quando esta convidou os candidates a candidato a expor suas opiniões sobre política externa.
3. Ah, o candidato acima é na opinião do nosso blogueiro avalizado pelo Estadão “um tanto quanto sofisticado ou impreciso em suas opiniões”.
4. Pat Robertson apoia Giuliani mas o problema dele é que “não conseguiu achar um discurso que seduzisse os republicanos mais arraigados”.
5. E finalmente nosso analista completa com um triunfal “é possível sentir que uma simples continuidade de Bush não é o que os EUA desejam”. Realmente toda essa “profunda” análise do contexto politico das primárias americanas serve para Piza descobrir que o presidente Americano que é desaprovado por pelo menos 60% dos americanos não agrada aos americanos.
“As eleições americanas estão ainda mais agitadas do que se previa. Entre os pré-candidatos, meu ideal era ver uma disputa entre Barack Obama e Rudolph Giuliani. São os dois candidatos menos politicamente corretos ou previsíveis. Hillary Clinton é a cara do velho Partido Democrata, com sua ênfase num Estado mais protetor; Mike Huckabee e John McCain são os republicanos por essência, conservadores em questões morais e agressivos em política externa. Obama tem um discurso de união, que não faz proselitismo racial, mas esbarra no fato de não ter muita experiência administrativa. Giuliani, ex-democrata, é o preferido de regiões como Nova York, mas menosprezou as primárias em estados menores e, um tanto quanto sofisticado ou impreciso em suas opiniões, não conseguiu achar um discurso que seduzisse os republicanos mais arraigados. Ainda há muito por rolar, em especial a superterça no dia 5 de fevereiro, mas não será fácil ver o embate que imagino. De qualquer modo, com a maior participação de jovens e mulheres, é possível sentir que uma simples continuidade de Bush não é o que os EUA desejam. Sem risco de otimismo, isso já é um baita avanço.”
1. Ser um candidato “menos politicamente correto e previsível” é o ideal do gênio que escreveu o texto acima. Que tal então transferirmos a sapiência e profundidade da Teoria Piza de política para o Brasil e eleger alguém do Casseta e Planeta para presidente?
2. Huckabee e McCain são “agressivos em política externa” – já dá para ver que o nosso analista politico de fundo de quintal nunca leu uma opinião de Rudolph Giuliani a esse respeito. Ele prometeu começar uma Guerra contra o Irã para não deixar o país obter armas nucleares; disse que waterboarding só era tortura quando feito pelos “bad guys” e que a “mídia liberal” era responsável pela má reputação dessa técnica de interrogação e disse que iria ameaçar diplomatas americanos de coisas impublicáveis e eles não defendessem mais agressivamente a política externa Americana. “The era of cost-free anti-Americanism must end,” foi o que Giuliani disse no seu artigo na revista Foreign Affairs, quando esta convidou os candidates a candidato a expor suas opiniões sobre política externa.
3. Ah, o candidato acima é na opinião do nosso blogueiro avalizado pelo Estadão “um tanto quanto sofisticado ou impreciso em suas opiniões”.
4. Pat Robertson apoia Giuliani mas o problema dele é que “não conseguiu achar um discurso que seduzisse os republicanos mais arraigados”.
5. E finalmente nosso analista completa com um triunfal “é possível sentir que uma simples continuidade de Bush não é o que os EUA desejam”. Realmente toda essa “profunda” análise do contexto politico das primárias americanas serve para Piza descobrir que o presidente Americano que é desaprovado por pelo menos 60% dos americanos não agrada aos americanos.
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