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Poesia Mexicana - Carlos Pellicer

Carlos Pellicer aprende a ser moderno com Tablada e trabalha como secretario Jose Vasconcelos [de Raza Cosmica]. Pellicer escreve muiuto sobre a luminosadade e o mundo concreto que ele admira e observa. Não é um poeta da subjetividade, mas também não é um poeta seco que recusa a subjetividade. E tem um grande domínio da língua, um prazer quase palpável com a linguagem.

RECINTO

ESTUDIOS
I
Relojes descompuestos,
voluntarios caminos
sobre la música del tiempo.
Hora y veinte.
Gracias a vuestro
paso
lento,
llego a las citas mucho después
y así me doy todo a las máquinas
gigantescas y translúcidas del silencio.

II
Diez kilómetros sobre la vía
de un tren retrasado.

El paisaje crece
dividido de telegramas.

Las noticias van a tener tiempo
de cambiar de camisa.

La juventud se prolonga diez minutos,
el ojo caza tres sonrisas.

Kilo de panoramas
pagado con el tiempo
que se gana
perdiendo.

III
Las horas se adelgazan;
de una salen diez.
Es el Trópico,
prodigioso y funesto.
Nadie sabe qué hora es.


II
Que se cierre esa puerta
que no me deja estar a solas con tus besos.
Que se cierre esa puerta
por donde campos, sol y rosas quieren vernos.
Esa puerta por donde
la cal azul de los pilares entra
a mirar como niños maliciosos
la timidez de nuestras caricias
que no se dan porque la puerta, abierta…

Por razones serenas
pasamos largo tiempo a puerta abierta.
Y arriesgado es besarse
y oprimirse las manos, ni siquiera
mirarse demasiado, ni siquiera
callar en buena lid…

Pero en la noche
la puerta se echa encima de sí misma
y se cierra tan ciega y claramente,
que nos sentimos ya, tú y yo, en campo abierto
escogiendo caricias como joyas
ocultas en las noches con jardines
puestos en las rodillas de los montes,
pero solos, tú y yo.

La mórbida penumbra
enlaza nuestros cuerpos y saquea
mi ternura tesoro,
la fuerza de mis brazos que te agobian
tan dulcemente, el gran beso insaciable
que se bebe a sí mismo
y en su espacio redime
lo pequeño de ilímites distancias…

Dichosa puerta que nos acompañas,
cerrada, en nuestra dicha. Tu obstrucción
es la liberación destas dos cárceles;
la escapatoria de las dos pisadas
idénticas que saltan a la nube
de la que se regresa en la mañana.

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