Arte minha: "Curvas do Rio" |
"Sou
homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei
que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo. Mas, então,
ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa
canoinha de nada, nessa água que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo,
rio a fora, rio a dentro — o rio."
Guimarães Rosa, fim de "Terceira Margem do Rio"
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